Gosto de gente inteligente, ou melhor, gente não intransigente. Ontem passei a noite em troca de argumentos, de ideias completamente díspares.
Engraçado que entre agnósticos, médicos e aqueles que, tal como eu, se rendem pelo simples aconchego da palavra acreditar, tivemos uma conversa saudável que sem ser limitada, respeitou os limites de cada um.
A palavra coincidência surgia de todos os lados, eu traduzia-a para sinais, caminhos, para energia e comentava que não achava uma coincidência estarmos ali todos juntos, mas sim que algo nos fazia juntar, aproximar-nos daqueles que nos fazem sentir bem, em quem nos reconhecemos de alguma forma.
Cada um tem o seu ritmo, a sua função nesta grande aldeia. Esta aldeia precisa de agnósticos com foco nas coisas práticas da vida, coisas que os (se quiserem chamar) lunáticos, tal como eu, não têm propensão para. Precisa de médicos, de ciêntistas que nos segurem e nos dêem segurança quando o "acreditar" teimar em nos deixar. E precisa daqueles que sem prova, sem nada, apenas com o seu sentir, acreditam na infinita probabilidade da existência de algo mais, que nos move, que nos faz amar, juntar, viver e acreditar.
É essa a magia... nós, seres humanos mágicos por natureza, todos diferentes e em constante equilibrio.
Gostei particularmente do abraço de final de noite à médica de serviço que em surdina me disse: "Amiga... adorei a nossa conversa. Podes não acreditar, mas vou com outro ânimo para o banco de 24 horas, a começar já daqui a quatro..."
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