2.2.08

Deixar de acreditar

Há um ano atrás, quando o meu pai teve alta do hospital de São José, deixei a seguinte carta em cima da cama:

"Obrigada...

Obrigada pelos cuidados médicos...
Obrigada pela atenção...
Obrigada pelo carinho...

Ontem perguntava ao meu pai como estava a ser tratado e ele respondia “São sen-sa-cio-nais...”.
Perguntei por perguntar, já sabia...
Os vossos sorrisos sinceros nunca me enganaram...
A vossa prontidão e dedicação deixaram-me a mim e à minha mãe encantadas...

E é isso que hoje agradecemos...
o carinho...
tão importante como os cuidados de saúde...

E é isso que nos faz acreditar...

Eu, a minha mãe, família e amigos agradecemos a todos...
Todos sem excepção...
Médicos, enfermeiras e auxiliares
pela atenção e carinho que dedicaram ao meu pai.


Beijos e felicidades"


Passado um ano e num outro hospital público de Lisboa, fico sem palavras, sinto-me revoltada, assustada pela falta de respeito pela integridade humana. É isto? É assim? Somos números, gente descartável?

1 comentário:

dom noronha disse...

obrigado pela visita ao "Trem da Vida". volte sempre!
faço minhas sua revolta e sua indignação.mas não se deixe magoar pelas atitudes dos outros. dê a sua medida de carinho.
o bom da passagem do tempo é que os momentos ruins ficam para trás...