Hoje, mais uma vez, os caminhos, as pedras caminhadas fizeram-me recordar momentos de encanto da minha infância. E preencheu-me tanto...
Recordar com um sorriso.
O percorrer um caminho contínuo, sem portas fechadas, nunca fechadas, de coração aberto para a frente, com curvas e desvios que já ao longe olhando para trás ficam visiveis e recordáveis por acabarem por ficar, à distância, no mesmo alinhamento. A lembrança de momentos escondidos por mais longe estarmos e porque uma ervinha, uma pedra à frente nos fez agradavelmente virar e olhar para trás sabendo, inexplicavelmente, aquilo que pretendemos encontrar e reavivar.
Olho para trás, olho para a frente, e sorrio por ver que torno a cada dia que passa o meu caminho para mim cada vez mais transparente.
Desenho-me mentalmente no vértice do presente que transformo em cada momento, vivência, experiência que passo, num ângulo recto que há medida que o tempo passa, se torna mais abrangente, caminhando no sentido do obtuso, muito para além do presente.
Pondero a hipótese de o passado ser o futuro e o futuro ser passado... São dependentes. O futuro é um reflexo do passado. O futuro é sequência do passado. Sem passado o futuro não existe. Sem futuro o presente é triste. O futuro é o desconhecido, o passado é apenas conhecido naquilo que na nossa memória pressiste, logo também é desconhecido, logo o passado pressiste no futuro enquanto a nossa memória teimar que aquilo que somos é apenas aquilo que hoje queremos ver. E o futuro existe no passado enquanto a nossa memória se permitir relembrar dos sonhos daquilo que um dia quisemos ser.
Alguém sabe como é que amanhã vai estar o Tempo?
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1 comentário:
Aqui choveu cá dentro, querida. Depois veio o arco-íris e agora o sol insiste em ficar e eu abraço-o com alegria.
Beijo
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