Mãe,
Não sei quantas vezes pensei em escrever-te... muitas... mas as palavras nunca surgiam como eu sentia...
Sinto que te magoei por ter uma especial predilecção pelo pai... É, e era, o pai isto, o pai aquilo, o pai diz, o pai fez... Tu sabes que sempre o admirei, tive sempre muito medo que ele partisse... pela ordem natural das coisas será assim... e por isso, talvez por isso, sempre me dediquei e manifestei muito mais afecto por ele...
A tua presença sempre presente nunca me levou a pensar que um dia me deixasses, nunca me levou a pensar que sofresses...
Mas sei que sofres...
Sei que sofres por não viveres aquilo que desejavas...
sei que sofres por te sentires presa...
Penso que sofres por achares que gosto menos de ti do que do pai...
Não é verdade!
Em actos até poderias tirar essa conclusão...
mas em AMOR não...
Sempre admirei o pai pela sua postura em relacção à vida e aos outros, sempre o admirei pelas palavras sempre TÃO certas...
Admiro-te a ti MÃE pela tua coragem, pelo teu amor inabalável por todos nós, pela tua inocência tão maior que a minha mesmo quando eu era pequena...
Admiro-te tanto...
até pelas gaffes deliciosas e naïfs que tens...
pelo teu sorriso de menina...
Adoro ver a tua felicidade quando estás rodeada pelos tios ou pelos teus amigos de sempre...
Agradeço a avó amorosa e dedicada que és...
Agradeço a mãe fantástica que tenho.
Preocupo-me quando te vejo a andar de um lado para o outro sem parares, sempre a arranjar qualquer coisa para fazer, como se fosse o último dia da tua vida.... Preocupa-me o teu excesso de organização e a forma como és meticulosa com as tuas coisas e as dos outros... terás tempo para pensar? Ou é isso que queres evitar?
Preocupo-me porque tenho receio que um dia me faltes...
Só equacionei faltares-me há uns meses quando o pai estava no hospital...
Quando me disseste com uma lágrima a escorrer-te pelo rosto e com os lábios a tremerem “O pai está com uma pneumonia... ele disse-me que era o fim...”
Fui buscar forças aonde não as tinha só para te ajudar a levantar e para não te ver chorar... Não consigo ver-te a chorar...
assim não...
apercebi-me que sofres...
e doeu-me tanto...
não me podes faltar...
não concebo a minha vida sem ti....
AMO-TE muito MÃE
Imagem: A Mother's Gift by ruriko
Não sei quantas vezes pensei em escrever-te... muitas... mas as palavras nunca surgiam como eu sentia...
Sinto que te magoei por ter uma especial predilecção pelo pai... É, e era, o pai isto, o pai aquilo, o pai diz, o pai fez... Tu sabes que sempre o admirei, tive sempre muito medo que ele partisse... pela ordem natural das coisas será assim... e por isso, talvez por isso, sempre me dediquei e manifestei muito mais afecto por ele...
A tua presença sempre presente nunca me levou a pensar que um dia me deixasses, nunca me levou a pensar que sofresses...
Mas sei que sofres...
Sei que sofres por não viveres aquilo que desejavas...
sei que sofres por te sentires presa...
Penso que sofres por achares que gosto menos de ti do que do pai...
Não é verdade!
Em actos até poderias tirar essa conclusão...
mas em AMOR não...
Sempre admirei o pai pela sua postura em relacção à vida e aos outros, sempre o admirei pelas palavras sempre TÃO certas...
Admiro-te a ti MÃE pela tua coragem, pelo teu amor inabalável por todos nós, pela tua inocência tão maior que a minha mesmo quando eu era pequena...
Admiro-te tanto...
até pelas gaffes deliciosas e naïfs que tens...
pelo teu sorriso de menina...
Adoro ver a tua felicidade quando estás rodeada pelos tios ou pelos teus amigos de sempre...
Agradeço a avó amorosa e dedicada que és...
Agradeço a mãe fantástica que tenho.
Preocupo-me quando te vejo a andar de um lado para o outro sem parares, sempre a arranjar qualquer coisa para fazer, como se fosse o último dia da tua vida.... Preocupa-me o teu excesso de organização e a forma como és meticulosa com as tuas coisas e as dos outros... terás tempo para pensar? Ou é isso que queres evitar?
Preocupo-me porque tenho receio que um dia me faltes...
Só equacionei faltares-me há uns meses quando o pai estava no hospital...
Quando me disseste com uma lágrima a escorrer-te pelo rosto e com os lábios a tremerem “O pai está com uma pneumonia... ele disse-me que era o fim...”
Fui buscar forças aonde não as tinha só para te ajudar a levantar e para não te ver chorar... Não consigo ver-te a chorar...
assim não...
apercebi-me que sofres...
e doeu-me tanto...
não me podes faltar...
não concebo a minha vida sem ti....
AMO-TE muito MÃE
Imagem: A Mother's Gift by ruriko
1 comentário:
Genuino, puro, intenso, tocante, belo.
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