Estendo a toalha
tiro as sandálias
tiro a camisola
deslizo a saia
Abro o creme
despejo na mão
percorro pés
pernas, coxas
ventre e braços
deslizo as alças
envolvo ombros
percorro pescoço
olho para o lado
Poes-me creme?
Deito-me na toalha
sinto o sol a aquecer
fecho os olhos
e espero...
Sinto um arrepio
do creme a tocar-me
pela primeira vez
Adormeço o corpo
ao sentir o creme
percorrer de vagar
cada vértebra
estacionando em
espinha
de cada vez
em despique lento
com outro polegar
pela via rápida
ansioso por optar
barlavento? ou
sotavento...
um último suspiro
devorando mais um
cornetto de morango
Uma música, o calor
com amigos e livros
Sem trabalho, em paz
sem rotinas, despertador
sem pressa de chegar
a qualquer lado
demorando em lugares
sem relógio, computador
nem conselhos a corações
despedaçados
apenas isso paz, calma
a curtir o meu Eu
que anda sempre
e para qualquer lado
bem acompanhado
ONE
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1 comentário:
deixa que eu possa pisar a mesma areia
em que teu corpo e teu creme se misturam...
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