13.7.08

Confusa? Nem por isso...

Depois de assistir a uma perseguição na estrada em pleno dia, que me pos o estômago pronto a sair pela boca. Depois de me rodear de crianças e mais tarde por gente apelidada por alguns de diferentes, mas que a mim me transmitem honestidade e simplicidade por serem iguais a si próprios, não se banalisando, não se impondo, sendo apenas transparentes.

Depois de devorar filmes atrás de filmes, de profissionais eximios que vivem para tudo menos para aquilo que no final do nosso tempo nos preenche. De evoluções medicinais que apenas preservam a qualidade de vida em termos de aparência, tornando belo apenas aquilo que é estético menosprezando todos os outros sentimentos. De vacinas que salvam a humanidade e que passados instantes, contaminam de forma mais feroz os anteriormente salvos que por sua vez aniquilam aqueles que se mantiveram saudáveis e transparentes.

Depois de uma taça de Kellog's especial K, um gelado de doce de leite, e umas quantas gomas pelo meio. Uns quantos cafés em esplanadas, arranque de projectos pessoais com término no final do ano.

Depois disto tudo...

Relembro-me do último sonho/pesadelo com o meu pai, onde depois de me aninhar a seu lado cheia de carinho, me disse ao ouvido "Luta pelos teus sonhos". Disse outras frases, que não esqueço - anoto -, que não sendo menos importantes, as arrumo ali ao lado, agarrando naquilo que acredito ser o mais importante.

Relembro-me também de uma conversa do meu DG, das sugestões e linhas direccionais em termos de projectos e caminhada de empresa. "Temos de ser capazes de ao final de cada mês ter noção e dizer que fizemos isto e aquilo, mesmo que tenha saído fora do âmbito do inicialmente previsto".

A noção que deixamos algo feito, de que nos orgulhamos mesmo que não tenha sido o nosso primeiro objectivo... É uma mensagem básica mas sempre importante de ser relembrada em termos profissionais, mas acima destes e sempre, em termos de vida pessoal e comunitária.

Não interessam os objectivos pessoais não palpáveis e variáveis que a grande maioria das vezes não conseguimos cumprir, mas sim todos os entraves, barreiras que para os tentar cumprir conseguimos com humildade, amor, dignidade contornar.

É esse balanço, o de chegar a um qualquer lugar, com um "cheguei, estou aqui", não interessa quanto tempo demorei, mas todas as pedras que contornei, muralhas que galguei, todos as encruzilhadas onde me enganei, tudo e todos que encontrei, e o quanto me conheci.

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