Porque estou chata, meio-cheia, meio-vazia, meio-triste, meio feliz?
Porque é que desatino num segundo e acalmo noutro instante?
Porque estou um tanto ou pouco diferente e igual ao mesmo tempo?
Porquê, porquê, porquê? O que mudou?
Não vês? É que o meu mundo mudou tanto de repente...
O que me esvaziou por dentro, é o que ainda me vai enchendo
O que hoje não entendo, é o que me vai fazendo acreditar
E aquilo em que hoje acredito é tão diferente do que imaginava...
Aquilo que hoje vejo devoro inexplicavelmente a quatro olhos
Questiono tudo, desde origens de palavras, situações quotidianas
sem pretender respostas definitivas, nem a origem das espécies
Questiono-me a mim, se conseguirei um dia ter forças de leoa
e romper com tudo o que hoje acho completamente imperfeito
Luto contra mim, adaptando-me a tudo para não ter chatices
deixo de dizer o que sinto, porque não entendes como me sinto
Luto contra mim, porque exigem de mim sempre um sorriso
Diz-me...
Qual é o mal de por vezes me sentir triste embalada em saudades?
Qual é problema de por vezes não ter vontade de rir de coisas parvas?
Qual é a dificuldade em entender que ainda não encontrei o meu equilibrio?
Que estou a tentar renascer num mundo que para mim tem um outro brilho...
É que estou tão cansada de me moldar para não ter chatices...
E acabo por ficar mais triste, mais vazia, por não estravasar aquilo que sinto
Sabes?
A única coisa que hoje me equilibra é inexplicavelmente a origem do meu desiquilibrio
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